Estava frio, tinha decidido comprar o presente mais tarde ao fim do dia.
Quando chegou ao centro comercial estava cheio, sentia o calor humano e o vazio.
O vazio dentro dela, a dor que não deixava transparecer aos olhares alheios.
Saiu sem comprar nada, parou num banco de jardim e ficou ali, a ver as pessoas apressadas cheias de sacos de compras.
Este Natal ia ser diferente, não tinha o amor da sua vida, o amor que conhecia desde criança e que a acompanhou toda a vida, deixara-a, sozinha, num dia frio como aquele.
Teimava em comprar-lhe um presente e deixa-lo na árvore de Natal.
Sabia que ele gostava, via a cara de felicidade dele ao desembrulhar, lá onde ele estivesse, estava com ela nessa noite.
Foi comprar um presente.