Primeiro foram as perguntas, onde estiveste, com quem.
Depois foram as mensagens no telemóvel, mais tarde eram os encontros com as amigas.
Até que ficou só, todos os dias olhava da janela para fora e pensava, como era possível.
Ela sempre dissera que nunca aceitaria uma relação abusiva, no entanto ali estava ela, a chorar.
Na noite anterior pela primeira vez, bateu-lhe, viu os sinais todos e mesmo assim ficou lá.
Olhou uma última vez, ao redor, pegou na mala e saiu. Ele estava a chegar.
Fugiu sem rumo, sem ter onde ir, ao andar com a mala na mão pelas ruas, sentiu o gosto da liberdade.
No momento era o que importava, sentir-se livre.