Olhava-se no espelho e não se via.
Via um rosto cansado, não via a mulher bonita que ainda era, não via os olhos verdes e as pequenas sardas ao redor do nariz. Não via os cabelos longos.
Não via a mulher que era apaixonada e lutadora, que sorria e perdoava com facilidade. A mulher que ainda era menina.
Via só alguém simples sem ambições, via só o que não queria. Procurava a alma, essa não se vê ao espelho.