Numa vida cada vez mais acelerada, é difícil manter um casamento feliz. As nossas muitas e excessivas preocupações, stress, deceções e cansaço ocupam-nos o tempo.
Um casamento em crise não chega a esse ponto sem antes apresentar vários “sinais” de problemas.
Discussões sem sentido, desentendimentos frequentes, falta de contacto físico, poucos momentos felizes e brigas constantes são alguns sinais de que uma crise se aproxima.
Discussões e disputas
A desavença é algo inerente ao ser humano nas suas relações, seja com o companheiro, família ou amigos. No entanto, o desacordo não pode ser constante e não pode tornar-se uma forma de autoafirmação, porque nesse caso o desacordo se torna uma disputa.
Não há nada mais tóxico para um casal do que uma situação de zangas constantes, que vão a corroer gradativamente o relacionamento até que se torne algo insuportável. Viver com alguém que prova que está sempre zelando pelos atos do outro só para estar certo pode destruir um casamento.
Perceber que esta situação surgiu é o primeiro passo. Depois disso, ambas as partes devem tentar ter mais paciência e tolerância. Se ambas as partes não estiverem comprometidas com isso, cada frase falada se torna um problema.
No após o parto
Filhos exigem muita dedicação, esforço e amor de ambos os pais. Se o pai e a mãe não derem o melhor de si, a sobrecarga sobre eles pode ser maior, o que pode gerar conflitos e brigas devido ao esgotamento. Muitos casais acabam discutindo tanto por mudanças na rotina que veem uma saída na separação.
É muito mais difícil que haja alguma instabilidade devido à criança. Se a criança já nasceu, é muito importante que pai e mãe dividam as responsabilidades e cuidem juntos da criança. A responsabilidade deve ser compartilhada e os noivos não devem esquecer os momentos juntos.
Ter ou não filhos
Outro fator muito comum que os casais enfrentam e que pode levar a um casamento em crise é a discordância sobre ter ou não filhos. Este pode ser o sonho de um dos cônjuges, mas o outro pode não querer.
Um casal deve ter conversa e transparência como regra desde o início do relacionamento. Todos os assuntos devem ser discutidos para a satisfação mútuo. A conversa sobre filhos deve acontecer desde cedo, ainda mais se uma das partes sonha com isso. Se não for possível encontrar um meio-termo e se o cônjuge não quiser deixar de ter filhos, infelizmente o divórcio pode parecer a única saída. Ao atingir esse nível, é muito importante contar com a ajuda de um especialista que saberá mediar a conversa para que o entendimento seja alcançado.
Falta de intimidade
Alguns casais se desapaixonam e com isso a intimidade diminui. Com o passar do tempo, a desinteresse e intimidade faz com que o casal deixe de dar atenção mutualmente, ou seja, o casamento pode não fazer mais sentido, pois a impressão é que não existe mais amor. Esse é um dos fatores determinantes para que um dos cônjuges se interesse por outras pessoas, o que pode levar à traição, atitude que destrói cada vez mais os casamentos.
O desinteresse começa quando não há atração. A falta de atração pode ocorrer devido ao ganho de peso de um dos cônjuges, falta de cuidado com o cabelo, uso de roupas mal cuidadas, etc. Lembre-se de que vocês dois são responsáveis por manter viva a paixão. Portanto, cuide da sua saúde e aparência e mantenha o seu parceiro interessado.
Por pior que seja o cenário, uma crise conjugal não significa o fim do relacionamento. Com bom humor e os meios certos, é possível superar as dificuldades e estreitar o relacionamento.
Como cada cônjuge tende a abordar o problema de maneira diferente, o conselheiro pode direcionar diferentes pontos de vista para encontrar uma solução.
Traição
A infidelidade é um dos principais motivos de crises conjugais e separações e divórcios entre casais, pois o ato revela a dor de dois mundos conflituantes.
O ato traz um mundo de dúvidas, inseguranças, culpa e dormir com o inimigo, afetando as emoções de ambos. O vínculo de intimidade com um parceiro aumenta as hipóteses de sobrevivência num ambiente hostil.
A traição afetará negativamente esses substratos e desencadeará uma série de problemas hormonais e emocionais.
Primeiro, existem muitas razões pelas quais a infidelidade conjugal ocorre, mas nenhuma razão pode ser identificada, é um conjunto de “motivações”.
- Pressão social
- Baixa autoestima
- Procurar autoafirmação
- Tédio
- Medo da traição
- Ciúmes
- Vingança
- Novas experiências sexuais
O fato é que a traição envolve um conjunto de fatores e circunstâncias que levam a atos libidinosos comuns em algumas culturas.
A melhor sugestão é buscar terapia cognitiva para casais, ajuda profissional é necessária nos casos em que a reconciliação é possível. Porém, é um processo que leva tempo e acontece sem que o casal perceba, fato é que é um dos principais motivos de crise conjugal e destruição do casamento.
Problemas financeiros
As diferenças em questões financeiras são uma das razões mais comuns para a crise conjugal.
As situações diferem, por exemplo, casais que desfrutam de um bom salário, mas acabam gastando mais do que ganham.
E a má gestão financeira decorre de vários motivos, um dos quais está ligado a questões emocionais. Às vezes, o marido autoritário não coopera financeiramente, ou a esposa gasta mais do que precisa, ou vice-versa.
O gasto excessivo também pode revelar uma patologia chamada consumo compulsivo em ambos.
A necessidade excessiva de gastar dinheiro com a desculpa de que mereço pode ser uma fuga de uma situação ou dificuldade em superar a frustração.
Também pode estar ligada a faltar autoconhecimento e de dar sentido às próprias emoções e acaba descontando no cartão de crédito.
E o resultado é um mundo de dívidas que os casais acabam enfrentando devido a uma má gestão financeira seguida de uma série de conflitos.
A busca pelo conhecimento é necessária, existem livros que podem ajudar os cônjuges a resolver crises financeiras.
Hoje existem canais de vídeos, cursos gratuitos e plataformas de treino para o ensino de educação financeira.
Falta de apreciação
Todos nós queremos ser apreciados, reconhecidos e apreciados, mas a falta de reconhecimento entre os casais é uma reclamação constante dos casais.
O marido trabalha muito e não se sente valorizado pela esposa e pelos filhos, a esposa trabalha muito, cuida da casa e dos filhos e se sente uma escrava inútil.
É necessário um diálogo para resolver o problema da falta de valorização, é um campo que traz um sentimento nocivo e prejuízos incomparáveis.
E o primeiro ponto é que a maioria dessas queixas de falta de reconhecimento vem de um coração de baixa autoestima.
Muitos indivíduos não se valorizam e clamam diariamente por valores que não possuem internamente e passam a buscar freneticamente por aprovação, e quando não a possuem, surgem as crises.
Mas, por outro lado, a questão do valor perpassa um grupo de pessoas que se valorizam, mas não veem isso refletido nas palavras e ações do seu parceiro.
Entre casais deve haver reconhecimento prático e material, projetar e suprir necessidades é um compromisso prático de quem ama.