Chovia, observava as pessoas apressadas entre chapéus abertos, os carros que salpicavam os passeios.
Reparou num casal bem juntos que se beijavam à chuva, riam e quase que dançavam tal era a alegria.
Lembrou que também já fora assim, jovem, alegre e apaixonado, quase que já não recordava esse homem, quase se esquecera como era ser espontâneo.
Tirou o casaco, desceu no elevador do 15º andar até à rua, ao sair abriu os braços, cabeça a olhar o céu e sentiu a chuva no rosto, no corpo, alheio ás pessoas ao redor, quase que dançava. Sentiu-se vivo.