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Conta-me histórias #11

Conta-me histórias #11

Hoje temos uma Mulher muito simpática, um blog todo giro, com humor como eu gosto, aborda vários temas um dos quais me fascina também, o Vitrinismo,, espreitem que vale bem a pena. Obrigada pelo texto mulher, eu quarentona me revejo em vários pontos do texto.  E espero o texto quando tiveres 50.

“Fiquei muito contente com o convite da Vitória de deixar aqui algumas palavras. Não são só algumas, acabam por ser muitas mas vá… Aí vão alguns pensamentos sobre essa idade gloriosa, os 40 😉

Os 40 são tramados. Não é À toa que lhe atribuem crises de meia-idade. A verdade é que já não somos novos mas também não somos velhos. Deixamos de ir a casamentos e passamos a ir a funerais com alguma frequência.

Não são os da nossa idade que partem mas são os pais dos amigos, os tios, aqueles para os quais sempre olhámos com reverência e admiração. Os ídolos cinéfilos e da televisão começam a ir embora a uma velocidade assustadora, provocando-nos arrepios na espinha.

Os que ficam trazem consigo as marcas da idade e ficamos escandalizados quando olhamos para um Travolta : fogo que o homem está velho, caramba, esquecendo-nos que nós próprios também teremos as nossas mazelas. As mulheres afundam-se em cremes e receitas milagrosas, os homens em ginásios ou em corridas, que agora estão tão na moda. Running, perdão, não são corridas.

É a fase do Agora ou Nunca. Agora é que mando isto tudo para as cucuias, agora é que começo a fazer desporto, agora é que me separo que estou farto de aturar esta gaja (o). Se não for agora é quando? Esta pergunta começa a insinuar-se aí nos 30 e muitos para explodir em toda a sua glória na entrada dos entas. Pois é. A nossa capacidade de aguentarmos fretes diminui que é uma coisa doida, já não estamos para isso, sobretudo não temos tempo a perder. Seja com o vizinho chato, a reunião pro-forma, o familiar que não conseguimos aturar, a má-educação em geral.

Não há c… que aguente, pensamos nós, que em toda a vidinha nunca proferimos tais expressões alegremente idiomáticas…

Há quem tenha tais inquietações mas acabe por varrer para debaixo do sofá. Ou porque é mais confortável ou porque as ditas não são assim tão prementes. Por outro lado há quem, forçado ou não, tenha mesmo de dar uma grande volta na sua vida, rever valores e o diabo a quatro.

A minha compreensão aqui para com estes últimos. Na verdade sobrevivemos sempre. Demora tempo mas acabamos por chegar lá por caminhos que poderão ser mais ou menos tortuosos, dependendo da nossa capacidade de encaixe. Eu cá sou orgulhosamente quarentona (42!) e não trocaria a minha idade por nenhuma.

Perdi muita coisa, ganhei muito mais, recuperei a alegria de viver mas passei suor e lágrimas dignos de telenovela venezuelana. Fico feliz com coisas pequeninas e agarro-me aos afectos. Gostava muito de dizer ah e tal e perdoo, estão todos perdoados e vão com os Deuses mas nãaaaa.

Ainda não cheguei a essa fase. Talvez lá para os 50 esteja na fase namastê. Nessa altura, se a minha querida Vitória deixar, eu faço aqui um post a contar como foi.

Por tudo isto , um brinde a nós, Quarentões! Somos os maiores. 😉 “

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