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Conta-me histórias #1

Conta-me histórias #1

Começa hoje uma nova rubrica semanal no blogue, o desafio é simples, todas as semanas um convidado conta uma história. Uma história real ou não, um pensamento, um conto, o que quiserem, a ideia é partilharem.

A primeira convidada é uma das minhas bloguers preferidas, faz-me rir muito, e como se constata abaixo tem um lado mais sério, de escritora eu diria , é a famosa da “blogocoisa” Chic’Ana. Obrigada Ana por aceitares o meu desafio.

“Quando cheguei ao 10º ano fiz os testes psicotécnicos para saber mais ou menos que área haveria de seguir. Os resultados foram muito equilibrados, mas havia algo que se destacava no meio das outras: o gosto pela escrita. Na altura, a psicóloga aconselhou-me a escolher um dos outros resultados e dedicar-me à escrita nos tempos livres. Este sonho foi crescendo a cada dia, mas ao mesmo tempo, foi também adiado!


Não é fácil conciliar a rotina do dia a dia, primeiro os estudos, a faculdade, depois a vida laboral, não é simples. Seguiu-se o namoro, o casamento, mas houve um dia em que me sentei a escrever, e escrevi umas quantas páginas word num ápice, sem rascunhos, tudo fluía perfeitamente, os meus dedos corriam sobre o teclado… Nomes de personagens, ambientes, espaços, parecia que estava a borbulhar à tanto tempo no meu pensamento, que agora era um simples escrever, era um acto reflexo, não pensado, não ponderado..

E assim abro-vos um pouquinho do meu íntimo, uma janelinha do meu ser:

Prólogo

Sonhei com um barco em alto mar, fustigado por um vento forte, embalado pelas revoltas correntes. Não consigo avistar mais o porto que outrora parecia tão seguro e acolhedor, ao que em tempos, que agora pareciam tão distantes, eu pude chamar de casa. Mas bem no meu interior, sinto uma paz enorme face à situação adversa que me rodeia. Sou impulsionada a desbravar um novo mundo, um mundo cheio de mistérios e desafios, um mundo pelo qual ansiava há muito tempo.

Abro lentamente os olhos, estremunhada pelos raios de sol que castigam levemente a minha retina, sinto um suave salpicar de sal. Mas onde estava eu afinal? Sinto uma onda de terror apoderar-se sobre mim. O que eu pensava ser um sonho era afinal a dura realidade. Olho em meu redor, e só vejo uma imensidão de água, não consigo avistar terra por mais que me esforce, ou em que direcção olhe. O que me levou a tomar uma atitude tão desesperada?”

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